sexta-feira, janeiro 25, 2008

Gostava de conseguir perceber o que sinto por ti... Não te amo porque vivo perfeitamente sem ti, mas também não gosto simplesmente de ti, é mais que isso. Gosto dos meus amigos, e simpatizo com a senhora do quiosque; contigo a história é outra.
Estou a começar a ficar viciada em ti. Saber que o meu telefone vai tocar ao fim do dia com o teu nome a piscar no écran dá-me alento para suportar mais um dia de stress. Estou sempre á espera de ouvir a tua voz, gosto de te ouvir falar das banalidades do dia, do stress, do trabalho, das reuniões.. e dela. Não consigo deixar de imaginar a vossa vida de casalinho: a visita dos pais, as fotografias da viagem a Veneza no móvel do hall de entrada, a discussãozinha por causa daquele quadro que tu queres que fique ao lado da janela, mas ela prefere a lado da televisão! Imagino isso tudo e tiro-a de cena para me pôr a mim no cenário. Nunca te disse, mas há uns meses perguntaram-me se eu tivesse de escolher alguém para casar, qualquer pessoa do mundo, quem escolheria, e disse, sem reflectir muito, o teu nome. Independentemente das viagens, das reuniões e dos stresses.. Aquilo que nos une, aquele laço invisível que nestes anos todos nunca nos separou faz com que sejas a única pessoa com quem eu casaria...
Mas eu sou o protótipo perfeito da workahollic; toda a minha vida investi numa carreira, no sucesso. Por isso acho que ela exerce funções de mãe de família muito melhor que eu. Falta-me o ar humilde de dona de casa, que o meu nariz empinado, o blazer e o stilleto não me deixa ter. Assim, retiro-me da cena e volto a pôr a actriz no lugar onde pertence, eu fico-me pela tua voz ao final do dia e os teus abraços quando calha...

"You're the other side of the world to me"

1 comentário:

Anónimo disse...

Correção nunca foi a Veneza, mas tambem não volto lá...

E mais... qd olho para mim vejo que sou mesmo provincia...um matarruanozito... só sai 1 vez de portugal... Sim porque passava a vida em espanha mas em trabalho...

Mas faço intenções de recuperar.