segunda-feira, abril 25, 2011

És magnético. E eu não sei se isso é uma boa coisa... Sempre que os teus olhos me fitam eu sinto-me derreter mais um pouco, sempre que tento virar costas o som da tua voz paralisa-me e o toque dos teus lábios cala todos os teus defeitos.
E tu sabes, tu sabes que só falo da boca para fora, que na verdade quando olho para ti sinto-me uma pequena criança e que sentir o teu cheiro é tudo o que anseio.
E usas e abusas desse poder para fazeres de mim gato sapato...
Ora estás, ora ignoras-me, dizes que não e depois é sim... Contigo não sei a quantas ando, não és bom para mim, mas não me consigo afastar dos teus olhos cor de esperança...

sábado, abril 23, 2011

É só isto que tenho para te dizer, my little baby...

The night we met
I knew I needed you so
And if I ever had the chance
I'd never let you go
So won't you say you love me
I'll make you so proud of me
We'll make 'em turn their heads
Every place we go
So won't you please

(chorus)
Be my, be my baby
Be my little baby
My one and only baby
Say you'll be my darling
Be my, be my baby
Be my baby now
My one and only baby

I'll make you happy, baby
just wait and see
For every kiss you give me
I'll give you three
Oh, since the day I saw you
I have been waiting for you
You know I will adore you
Till eternity so won't you please

http://www.youtube.com/watch?v=7pOJfk4GNUU&feature=related

domingo, abril 10, 2011

Quando nos sentamos naquele banco de jardim, queria perguntar-te o que é que ela tem que eu não tenha... É o cabelo loiro? Ou será o facto de, para ela, as consequências não passarem de meros danos colaterais? Não sou leve como ela.. Penso demais, sempre pensei. Penso nos prós, nos contras, nas consequências a curto, a médio e a longo prazo. Invento "ses" e "porquês". E depois não faço nada.
Invento desculpas a mim mesma para justificar a minha inércia, para justificar a minha passividade ao teu lado, enquanto sei que é ela que está no teu pensamento quando ficas calado, deitado na minha cama, a olhar o nada. E eu.. Eu contorço-me para resistir ao desejo louco de te tocar, nem que seja ao de leve. Limito-te a sentir o teu cheiro, a tua respiração e os teus pensamentos a voarem para longe de mim...
E eu contorço-me para não te tocar...

terça-feira, abril 05, 2011

Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mão à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.
Meto as mãos nas algibeiras
e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro!
Era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.

Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes!
e eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos,
no tempo em que o teu corpo era um aquário,
no tempo em que os meus olhos
eram peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco, mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor...,
já se não passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.
Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.



Adeus.






Eugénio de Andrade, Adeus