quarta-feira, outubro 14, 2009

Breathe in.. Breathe out...
Dúvidas, lembranças e mágoas. Sei que é feito dizer que tenho mágoas, mas é a verdade, e lembro-me disso cada vez que te olho. Sinto a mágoa de não termos sido mais, nem maiores; de não termos sabido termo-nos enquanto nos tinhamos.
E agora queres fazer rewind, como se nunca me tivesses dito, naquele noite, que eu não servia para ti. "Demasiado insolente", disseste, enquanto eu fiquei parada com as lágrima disfarçadas pelas chuva que caia. Insolente... e a palavra soou-me como um eco, e procurei em todos os dicionários um significado bom para a palavra, mas não encontrei.
Agora, dizes que é a minha insolencia que te fascina.
Deixa-me respirar longe de ti, deixa-me só com a minha insolencia, e não te atrevas a dar mais um passo.

segunda-feira, outubro 12, 2009

Fica a saber que, da próxima vez, não vou cair a teus pés, nem pedir-te que me ames. Vou manter a pele intacta, sem qualquer franzir, qual boneca de porcelana.
A tua boca vai chamar por mim e eu vou fazer ouvidos moucos, não quero saber do sabor a mentol dos teus beijos, nem do cheiro a Hugo Boss do teu pescoço.
Fica a saber que não és o mundo para mim, és apenas uma recordação num baú cheio de pó, arrumado num canto do sótão, de que apenas me lembrarei no final da vida, velhinha, rodeada pelos meus netos a contar as minhas loucuras de juventude.
Loucura, fica a saber que não passaste de um momento de devaneio, foste a panaceia da dor do vazio, e que o vazio de hoje é mais cheio do que de ontem.
Fica a saber que aprendi a viver sem ti, que as tuas dores fortaleceram-me; que agora sou morena, de lábios vermelhos e vestido preto, vamp, unhas escuras e sem medo de nada, nem de ninguem.
Fica a saber...

quinta-feira, outubro 01, 2009

Hoje senti saudades tuas.. foram só dois minutos... mas senti.
Senti saudade de te abraçar com força, das borboletas na barriga, de não conseguir parar de sorrir, de me engasgar só de olhar para ti e de ansiar pelo beijo, aquele que me fazia subir ás nuvens e saltar de nuvem em nuvem, ou de descer ao fundo do mar e nadar com os golfinhos.
Mas tenho vivido relativamente bem sem ti, acaba por ser fácil quando se torna rotina. Basta não sentir.
Congelei o coração e aquela parte do cerebro que sabe o caminho ate ele. Cortei laços, emoçoes e sentimentos.
Não sinto. Não penso.
Mas hoje durante dois minutos, uma lágrima desceu a minha face, tocou o meu lábio e soube-me a ti.
Por dois minutos desejei-te, mas não te preocupes, já passou.