Menti-te com todos os dentes e com um falso sorriso quando te disse que o teu olhar não me afectava, que o teu aquario de peixes verdes não me tirava do sério. Também te menti quando te disse que aquilo que sentia por ti não era nada de especial...
Na verdade, é o teu olhar que eu procuro, é ele que me leva para a zona de conforto, onde o mundo se resume a ti, e não se passa mais nada para lá disso. Prendeste-me desde o dia em que me pediste o Código de Processo Penal emprestado, com o teu sorriso que me hipnotiza e os teus olhos de verde-mar que me deixam sem jeito.
Já agora confesso que morro de ciumes quando uma outra ela fala contigo, que odeio quando não me das atenção e que de hora em hora olho para o telemóvel à tua espera. Também quero que saibas que de cada vez que vais embora o meu mundo desaba, e que por mais que tente disfarçar, não consigo tirar os olhos de ti. E sim... tens o "efeito Clive Owen" em mim, e não... não me perguntes porquê...
E já que me estou a confessar, confesso-te também que aquele texto que encontraste escrito no meu diário era para ti, porque só em ti vejo o paraíso...
E aviso-te que, por seres perfeito, vou esperar, o tempo que for preciso, que percebas o que não percebo que sinto e que também o sintas e que sintas a minha falta, como eu sinto a tua, e que te ajoelhes a meus pés e me digas que sou eu quem queres...