É quase doentio o modo como te espero no café da esquina... Como persigo os segundos no relógio e como olho para a porta sempre que ela abre! Tremo, bato com a unha perfeitamente cuidada na superfície da mesa e componho o cabelo. Chegas. E sem que percebas, no meio da banalidade da nossa conversa, o meu coração bate acelaradamente e não consigo deixar de brincar com o pacote de açucar.
E depois as piadas.. aquelas que uso quando preciso de tempo para pensar no que te vou dizer, para que não saia a verdade que vai fazer com que saias disparado da minha vida. "It's a lie.. And everyone loves a big fat lie"...
Não me toques... Há algo de mórbido no querer que me toques e não permitir que isso aconteça... Não me toques, mesmo que seja sem querer, mesmo que seja ao de leve... Preciso de controlar os meus impulsos, de não dizer, não fazer... O cataclismo que seria se cedesse... Não me toques...
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