quarta-feira, abril 30, 2008

Não sei qual é a tua intenção, não sei que raio pretendes de mim... Não sei qual é o teu plano. Mas de uma coisa te asseguro, se a tua intenção é fazer com que eu me afaste de ti, podes ter a certeza que não estás a usar a estratégia certa... Não enquanto continuares com esse sorriso que me descompõe e com esse olhar que me hipnotisa.


Lamento informar-te que me perco sempre que olho para ti, que me engasgo, me falham as palavras e me sinto uma criança; lamento ter que te dizer que não me vais conseguir afastar de ti, pois não me sais da cabeça e lamento ser obrigada a declarar que já é tarde demais para deixar que te afastes...


Mente-me com todos os dentes, improvisa, faz algo de muito errado, sê inteligente para que te possa esquecer para sempre e para que não me perca no oásis do teu olhar, no cheiro da tua pele, no contorno dos teus lábios e no toque do teu cabelo. Porque a cada dia que passa sinto mais falta de te ver, de te tocar, de te cheirar e de te olhar; porque a cada dia que passa so me sinto completa depois de estar contigo; porque a cada dia que passa tenho mais necessidade de ouvir a tua voz a dançar na minha cabeça e de sentir as tuas mãos a brincar com o meu cabelo; porque tudo isto é impensável, impossível e impraticável... E porque estas cada vez mais perto de mim, sem que eu consiga fazer o que quer que seja para evitar perder-me no teu universo... Depois não digas que não te avisei....
"I can't take my eyes off of you...."


terça-feira, abril 29, 2008

Encontrei-te à porta do tribunal com um sorriso de menino, aquele que me derrete desde que te vi pela primeira vez e que tu fazes questão de o mostrar quando estou á tua frente...
Sinto-me observada, estudada e analisada ao pormenor e eu não consigo deixar de mexer com a perna...
Enervas-me e não tens noção do quanto mexes com todo o meu sistema... Pelo menos acho que não, até porque no fundo e como já comprovaste, tens uma capacidade estúpida de ler nas entrelinhas, por isso tenho a certeza que consegues ler todos os espaços que ficam entre as palavras interditas que se escondem no fundinho do meu coração. E como isso te diverte... Dá-te prazer olhar para mim, analisar-me e saber exactamente aquilo que estou a pensar, dá-te prazer torturar-me com o teu sorriso de menino mal comportado e dá-te prazer saberes que te quero beijar e que não posso... Continuas a fazer-me ir a jogo sem figuras nem ases, mesmo sabendo que nunca vou ganhar...
Gostava de ter o teu dom de bola de cristal, conseguir ler as tuas entrelinhas e perceber todos os pontos de exclamação, parágrafos, pontos finais e reticências... Gostava de te saber provocar, de te fazer passar aquilo porque me fazes passar... Mas do que eu gostava mesmo era de roubar o tempo e fazer um freeze na parte em que, como quem não quer nada, passas a mão pelo meu rosto. Queria guardar para mim esse momento com tudo incluído: o teu cheiro, o teu toque, o teu olhar e até o estampado da tua gravata... Queria que esse segundo durasse uma eternidade... Mas não pode ser... E ai a vida, ai os afazeres, ai os nossos caminhos que teimam em cruzar-se apesar de dizermos sempre que não...
Mas o que eu queria mesmo era beijar-te... só isso...

" Se eu pudesse roubava o tempo do mundo, fazia cada momento durar mais que um segundo..."

domingo, abril 27, 2008

É quase doentio o modo como te espero no café da esquina... Como persigo os segundos no relógio e como olho para a porta sempre que ela abre! Tremo, bato com a unha perfeitamente cuidada na superfície da mesa e componho o cabelo. Chegas. E sem que percebas, no meio da banalidade da nossa conversa, o meu coração bate acelaradamente e não consigo deixar de brincar com o pacote de açucar.
E depois as piadas.. aquelas que uso quando preciso de tempo para pensar no que te vou dizer, para que não saia a verdade que vai fazer com que saias disparado da minha vida. "It's a lie.. And everyone loves a big fat lie"...
Não me toques... Há algo de mórbido no querer que me toques e não permitir que isso aconteça... Não me toques, mesmo que seja sem querer, mesmo que seja ao de leve... Preciso de controlar os meus impulsos, de não dizer, não fazer... O cataclismo que seria se cedesse... Não me toques...