Sempre fui uma pessoa de extremos, para mim ou é quente ou frio, preto ou branco. Não gosto do que é morno, nem do que é cinzento. Ou sim, ou sopas, não gosto do mas, nem do talvez.
Sou de extremos porque acredito que a vida deve ser vivida como uma volta ao mundo em 80 dias e porque o tempo não volta atras. Não há nada mais triste do que sentirmos a vida a passar por nós e não nós a passarmos pela vida.
O pior sentimento que podemos ter é a apatia, a indiferença; aquele acordar-lavar os dentes-trabalho-casa e ao fim de semana quando dá e não estamos muito cansados visitamos uns amigos, e depois há os problemas do trabalho que nos acompanham sempre que estão presentes em todas as conversas e os problemas na relação que temos porque chega a um ponto em que é bonito ter alguém. Mas no fundo as pessoas gostam de se acomodar desta maneira, é mais prático e melhor aceite socialmente. Gostamos de parecer muito bem aos olhos dos outros e relegamos para segundo plano aquilo que sentimos.
Jurei a mim mesma nunca viver assim, porque é a vida mais triste de todas. Quero ser eu a passar pela vida e quero ser eu a mandar na minha vida e não a vida em mim.
Quando não estou bem, ponho-me, como se diz, mesmo que isso signifique sacrificios e perdas.
É esta a verdadeira essencia do ser humano, procurar sempre o melhor e não se acomodar na sua vidinha chatinha, de retrato de familia feliz.
Só tenho dois limites, os meus valores e a minha família.
Pobres os que não têm espírito....